segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Origem e carreira política de juscelino Kubitschek

Juscelino nasceu, em 12 de setembro de  1902, em Diamantina. Seu pai, João César de Oliveira (1872-1905), foi caixeiro-viajante e exerceu, também, várias outras profissões. Sua mãe, Júlia Kubitschek (1873-1971), era professora e possuía ascendência checa (seu sobrenome é uma germanização do original tcheco Kubíček) e etnia cigana[2] — JK foi o único presidente de origem cigana em todo o mundo.[3] Juscelino perdeu o pai aos três anos de idade, e, a partir de então, a única fonte de renda da família era o trabalho de sua mãe.[4]
JK gostava muito de futebol, e tinha simpatia pelo América Mineiro, onde atuou como jogador amador, e, sempre que podia, acompanhava partidas daquele time. Também foi apreciador das serenatas e serestas. Estudou no seminário diocesano de Diamantina, dirigido pelos padres vicentinos, onde concluiu o curso de humanidades aos 15 anos incompletos. Depois estudou medicina na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, formando-se, em 1927, na mesma turma de Pedro Nava e de Pedro Salles, três anos antes de Guimarães Rosa e quatro antes de Oswaldo Costa.
Casou-se, com Sarah Gomes de Lemos, em 1931. Em 1932, foi nomeado como capitão-médico da Polícia Militar de Minas Gerais. JK era cirurgião especializado em urologia, tendo estagiado no Hospital Cochin, em Paris, com um dos maiores urologistas do mundo, Maurice Chevasseu.Durante a revolução constitucionalista de 1932, como médico, serviu nas tropas mineiras que combatiam as tropas paulistas. JK serviu, no célebre "Túnel da Mantiqueira", como cirurgião da polícia militar, acompanhando seu professor na faculdade, Otaviano de Almeida que montara um hospital em vagões ferroviários. Ali, operou o ferimento à bala do crânio de um soldado que sobreviveu sem sequela.[5]
Iniciou sua carreira política, em 1934, quando foi nomeado chefe da Casa Civil do então interventor federal em Minas Gerais, Benedito Valadares, que o conheceu, na campanha da Serra da Mantiqueira quando combatiam as tropas revolucionárias paulistas.
Foi eleito deputado federal, em 1934, pelo recém-criado "Partido Progressista", criado por membros de PRM que apoiaram a revolução de 1930. Exerceu o mandato de deputado federal até o fechamento do Congresso Nacional, em 10 de novembro de 1937, com o golpe do Estado Novo. Chegou ao posto de tenente-coronel-médico da Polícia Militar de Minas Gerais.
Foi prefeito de Belo Horizonte, nomeado por Benedito Valadares, de 1940 a 1945. Foi eleito deputado federal para a Assembleia Nacional Constituinte de 1945, pelo Partido Social Democrático (PSD).
Destacou-se muito por sua oratória.[6 Seus discursos mais importantes, com as frases que ficaram famosas, como "Deus me poupou o sentimento do medo", foram escritos pelo poeta Augusto Frederico Schmidt.[7] Juscelino destacou-se, também, na chamada política de bastidores, (as articulações políticas bem trabalhadas), típica de Minas Gerais e de seu segundo partido político, o PSD.[8]
Destacou-se mais, entretanto, nos cargos executivos que ocupou, e, pela sua atuação neles, ficou conhecido como um político do tipo "tocador de obras".

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